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LÊ Itinerante

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Chuva de Emoções

terça-feira, 26 de junho de 2012

Conheça os livros da nossa querida e Imortal Jane Rossi, em parceria com Monica Rosenberg: Chuva de Emoções - volumes I, II e III:

 





Prêmio Cultural Bem Te Vi




A história do Prêmio Bem Te Vi teve início em 2011 quando Monica Rosenberg e Jane Rossi elaboravam a Antologia Melhores da Poesia Brasileira e resolveram premiar poetas do livro. Nasceu a ideia de criar um prêmio cultural que pudesse destacar escritores, poetas e artistas plásticos todos os anos. Jane e Monica escolheram o nome Bem Te Vi associando o canto do pássaro com a descoberta de muitos talentos, bem te vi, eu te vi. Quem não conhece o bem te vi ? Quem não guarda este canto na memória? O seu canto trissilábico característico lembra as sílabas bem-te-vi, que dão o nome à espécie, portanto relacionando o canto trissilábico à premiação, ofereceremos três prêmios, primeiro, segundo e terceiro lugar.

Quanto ao troféu, Monica Rosenberg e Jane Rossi optaram por uma estatueta em bronze com as formas do pássaro.

Em 2012, estamos premiando poetas do livro Melhores da Poesia Brasileira, mas a partir de 2013 teremos inscrições abertas para escritores, poetas e artistas plásticos que poderão concorrer ao prêmio. Não será um prêmio destinado a análise de um livro, de uma obra editada, será um prêmio que vai classificar o autor através de um dos seus trabalhos, na individualidade, podendo ser uma poesia, um conto, uma crônica, uma escultura ou uma Tela.

Esperamos que esta premiação sirva de incentivo a todos àqueles que trabalham em prol da cultura e da arte.

Jane Rossi e Monica Rosenberg

Para algumas editoras, investir em escritor brasileiro é um “favor”

sábado, 23 de junho de 2012

(Desabafos de uma escritora – Parte II)
Por Janethe Fontes


Todos que me acompanham ou que acompanham qualquer escritor brasileiro “novato” sabem da luta que se trava para conseguir publicar um livro. Não é fácil. Nada fácil. Mas a persistência é o único caminho a trilhar para quem se atreve a tentar adentrar no mundo literário.

Editoras em geral não apostam suas fichas, leia-se dinheiro, em escritores “desconhecidos”, preferem, obviamente, investir em livros que já são “sucesso” pelo mundo afora (que geralmente são de autores internacionais) ou em autores que já tenham “renome” no mercado literário (o que são poucos, venhamos e convenhamos!!).

E não importa o assunto do livro, se é de interesse da sociedade ou de simples entretenimento para a garotada, a dificuldade é a mesma. O autor leva anos para conseguir convencer um editor a apostar em seu trabalho (quando consegue, óbvio!!), mas, mesmo quando esse “milagre” acontece, raramente esse mesmo editor trabalha com “afinco” na divulgação do livro. Embora todos saibam de antemão que a “saída” de qualquer livro depende exclusivamente do processo de divulgação, pois, como disse o também escritor Éderson Rafael em seu artigo intitulado O próximo best-seller, “um livro, para ser bem sucedido, precisa agradar às massas, falar com elas, fazer com que elas se identifiquem. E essa é a parte fácil, a qual posso dizer que consigo, com trabalho duro e profissionalismo, alcançar sem problemas – e nem poderia ser diferente, se pretendo ter uma carreira literária longa e feliz. Mas uma obra que tenha isso tudo só consegue vender mesmo com divulgação ostensiva, distribuição impecável, presença de destaque em livrarias e preço compatível, ao melhor estilo “dinheiro chama dinheiro”. Viu como é simples, ainda que caro?” (Nota: os grifos são meus).

Mas este não é mais um artigo para reclamar das editoras em geral, mas sim para falar de uma experiência recente minha com uma editora que diz ter como objetivo “trazer o melhor da literatura nacional”, mas que na verdade é apenas mais uma editora “comercial”. E apesar de fugir por léguas de editoras “comerciais”, essa “editora” (que não vou citar o nome por uma questão de ética) me pareceu bastante interessada em um dos meus livros (Sentimento Fatal) e conseguiu me seduzir com uma proposta onde eu pagaria apenas os custos para revisão ortográfica, diagramação e capa, ou seja, os custos para impressão do livro seriam arcados pela editora, e ela ainda me repassaria 10% da tiragem em livros para que eu fizesse o lançamento e tirasse meu custo inicial.

A princípio, gostei bastante da idéia, mas ainda relutei por um tempo porque o chamado “custo inicial” estava um pouco salgado para o meu bolso, e porque minha expectativa é conseguir uma editora que aposte 100% no meu trabalho (tal como aconteceu com meu primeiro livro: Vítimas do Silêncio). Porém, acabei considerando a idéia viável e negociei a forma de pagamento com a editora. Tudo acertado, pedi que me enviassem por e-mail o contrato para assinatura e reconhecimento de firma. Para minha surpresa, o contrato não mencionava qualquer obrigação por parte da editora, muito menos a quantidade de livros que seria impressa. Também não mencionava nada sobre os direitos autorais. Estranhando um pouco a situação, pedi para o editor acrescentar “esses pequenos detalhes” e a forma de divulgação do livro. Mas minha surpresa foi ainda maior quando na resposta o camarada colocou claramente que eu estava abusando de sua “bondade” e que se eu não confiava no trabalho de sua empresa que procurasse outra editora para publicar meu livro(!!!!!!!).

Foi uma tapa na cara! Literalmente, percebi que, para algumas editoras, investir em um escritor brasileiro é uma espécie de “favor” (!!!). E o simples fato de você “questionar” seus direitos pode parecer um imenso absurdo. Afinal, você deveria apenas agradecer a Deus e ao editor por conseguir publicar.

Esta é a triste realidade dos escritores em nosso país!



Nota: Texto originalmente publicado no blog Palavreando, de Janethe Fontes, em 23/05/2011

Conheça um pouco mais o trabalho da autora:

Entrevista de Elmi Omar para o Estadão em 03 de junho de 2012

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Patrimônio está aos pedaços em Guarulhos

Antiga fazenda de escravos, Casa da Candinha deveria ter virado parque em 2010

(Por Edison Veiga - O Estado de S.Paulo)


Parte importante da história da Região Metropolitana de São Paulo, a Casa da Candinha, em Guarulhos, está fechada para visitação e com visível necessidade de obras de manutenção. Trata-se da casa-grande da antiga Fazenda Bananal - que dá nome ao bairro. Em 1597, o local já mantinha escravos para exploração mineral na região.

Telhas originais foram retiradas e cobertura provisória foi colocada no lugar - Epitácio Pessoa/AE
Epitácio Pessoa/AE

"Há registros de que essa área foi foco de atividade mineradora 100 anos antes do início da exploração em Minas Gerais", explica o historiador Elmi El Hage Omar, autor do livro Casa da Candinha - Ruptura e Metamorfose, publicado em 2011, e diretor da Associação dos Amigos do Patrimônio e do Arquivo Histórico. "A Fazenda Bananal era enorme, ocupava o equivalente a 10% do atual município de Guarulhos."

A construção que existe no local não foi a primeira sede da fazenda. "Trata-se de uma casa erguida entre 1800 e 1850", afirma Omar. "Alguns acreditam que o porão da casa tenha servido de senzala, mas isso não é comprovado. Acredito que a senzala tenha funcionado em outra construção próxima, da qual restou apenas um muro de taipa de pilão."

Arquitetonicamente, a casa pode ser considerada exemplo tardio do barroco, raro remanescente do período. A posse das terras - e, por consequência, da casa - foi passando de família em família até 2004, quando a prefeitura de Guarulhos declarou o espaço área de utilidade pública.

O projeto é transformar o patrimônio em Parque Natural Municipal da Cultura Negra Sítio da Candinha. E a casa, em sede de memorial que conte a história do trabalho escravo no local e reforce a importância da cultura negra na sociedade atual.

O parque foi criado por lei municipal de 2010. Mas, desde que a prefeitura administra o espaço, pouco foi feito. "Se eu fosse o senhor, nem tentava entrar lá, não. A coisa está tão feia que vai acabar despencando", disse um morador da vizinhança, quando a reportagem buscava informações sobre como chegar ao local.

As telhas originais foram retiradas porque o teto corria o risco de desabar e foi colocada cobertura provisória. "Espero que tenham guardado as telhas antigas para que, em um futuro trabalho de restauro, elas sejam recuperadas e colocadas de volta", afirma o historiador Omar.

Acesso vetado. A prefeitura pouco informa sobre a atual situação. Esclarecimentos foram pedidos por telefone e por e-mail desde 15 de maio e as poucas informações que chegaram foram por escrito. Todos os pedidos que a reportagem fez para visitar o local foram negados, sob a justificativa de que os monitores que "orientam a visita estão com agenda cheia" e as "visitas, suspensas". Eles também desaconselharam a visita espontânea do Estado, argumentando que "é fácil se perder".

A reportagem foi até a fazenda em 21 de maio. Encontrou os portões fechados. Uma funcionária disse que, infelizmente, não podia permitir a entrada, já que tinha ordens expressas do prefeito para não deixar jornalistas visitarem o espaço.

Em blogs sobre patrimônio histórico e fóruns de debate na internet, usuários lamentam o atual estado da Casa da Candinha. "Abandono" e "caindo aos pedaços" são alguns dos adjetivos que mais aparecem.
De acordo com a Assessoria de Imprensa da Secretaria do Meio Ambiente de Guarulhos, atualmente encontra-se em elaboração um o plano de manejo do Parque da Candinha. "Tal estudo prevê a elaboração de um diagnóstico e planejamento integrado, incluindo elaboração de programas ambientais, oficinas participativas e definição de zona de amortecimento e áreas estratégicas para gestão da Unidade de Conservação", afirmou, em nota. Segundo o órgão, a previsão de conclusão desta etapa é dezembro deste ano.

Brasileiros preferiam a companhia de seu pet no Dia dos Namorados

domingo, 17 de junho de 2012

Saiu na revista Psique o resultado de uma pesquisa que revela que 18% dos brasileiros preferiam a companhia de seu pet no Dia dos Namorados.

Vejam, sou do tipo que adora animais e, às vezes, prefiro mesmo a companhia dos meus amigos de “4 patas” do que a de “certas” pessoas. Mas, será mesmo que o “afeto” de um bichinho de estimação pode substituir o de um ser humano?

Obviamente, como diz a reportagem, “o animal não discute, pode ser punido sem maiores problemas e provavelmente não vai trocar de dono. Controlá-lo é muito mais fácil e confortável. Mas isso basta?”
Parece que para 21% das pessoas, sim (conforme apontado na pesquisa).

Ainda segundo a revista, o dado de maior relevância nesta pesquisa, que se mostra artificial, já que não foram investigados os motivos sobre a preferência animalesca dos entrevistados, é de que tal preferência estaria mais vinculada à idade e não ao sexo. Estas respostas foram associadas a pessoas mais jovens.

Inevitavelmente, vinculamos a possibilidade da ocorrência de tal resultado a questões culturais e sociais do mundo contemporâneo. Os mais jovens nascem em uma época de consumismo exacerbado, da internet, das informações fugazes e extremamente rápidas que se modificam a todos o momento. Diferentemente do que os mais velhos viviam há poucas décadas, os jovens vivenciam relações mediadas pelas redes sociais que facilitam a interação por um lado e dificultam por outro. A facilidade hoje é viver o que se chama de extimidade, contrariamente ao que chamamos de intimidade. Os segredos, acontecimentos e sentimentos são vividos em exposição pública, divididos nas redes sociais para quem quiser olhar. É a intimidade para que todos olhem.

É comum hoje ver crianças, adolescentes e adultos jovens brincando ou sentados juntos, porém, individualmente vinculados aos seus games ou celulares, buscando e-mails e acessando suas redes sociais. Sem palavras. Sem a observação do outro. Muitas vezes, sem a observação de si mesmo. A vida se modifica, o tempo corre e não há troca mútua. E quando estamos juntos, a tecnologia media a relação.

Relacionar-se é difícil e dá muito trabalho e, além disso, pode gerar dor e sofrimento. Aliás, muitas vezes é o que acontece. É natural. A dor do término, da rejeição, da traição, mas há também a dor da mudança, do crescimento que pode ser alcançado dentro de um relacionamento.

Necessário ainda salientar que os conflitos fazem parte dos relacionamentos humanos, pois todos temos qualidades e defeitos;  e a aceitação do outro, com as suas qualidades e defeitos, é tão importante quanto aceitar a si mesmo. Afinal, não aceitar o outro é também não aceitar a si próprio.

Necessário também ressaltar que como verdadeira fã do mundo animal, da natureza, não estou me colocando contra aqueles que demonstram grande carinho aos seus pets. Eu jamais poderia fazer isso. Mas acho muito válido “refletir” sobre tudo o que foi dito acima.



Nota: Texto originalmente publicado no blog  blog Palavreando, de Janethe Fontes, em 05/09/2011

Não percam!!!!!!!! Dia 23/06 às 19:00

quarta-feira, 13 de junho de 2012

O prazer de ler (por Janethe Fontes)

domingo, 3 de junho de 2012

"Basta observar o olhar perdido de adultos sem ter o que fazer durante horas, em vôos internacionais, ou, pior ainda, vendo filminhos para adolescentes no vídeo do avião, para ter certeza de que ler um livro é a melhor escolha para esses momentos. O passageiro desocupado é um chato: ri alto, chama a comissária de bordo a cada momento, toma mais bebida do que seria desejável, ou ronca alto, enquanto o leitor de livros atravessa a desagradável viagem placidamente, correndo incólume o risco alheio, podendo imaginar, a partir do seu universo de referências, o rosto e o jeito de cada personagem, e não sendo obrigado a engolir os atores que o diretor do filme escolheu para representá-las."

"O chato, na verdade, é o “sem-livro”. Mesmo assim, é freqüente tratar leitores como pessoas sem graça. Uma amiga conta que, durante sua adolescência, adorava ir ao sítio de um tio, no interior de São Paulo, e ler, calmamente, seu livrinho, enquanto a brisa movia silenciosamente a rede em que se refestelava e os pássaros faziam um coral único. Seus familiares, contudo, não se conformavam com a “chata” que preferia ler a jogar buraco e diziam que ela não gostava mesmo de “se divertir”, como se diversão fosse colocar o dez perto do valete e sonhar para que uma dama aparecesse, e não a leitura do seu livro, que a transportava para mundos maravilhosos."

Quando leio um texto como o de Jaime Pinsky (O elogio da ignorância), citado acima, fico pensando em quantas vezes também fui chamada de "chata" ou "metida", até mesmo "esquisita", porque em vez de ficar fazendo fofoca com minha vizinha de portão (nas minhas poucas horas vagas, claro!), ou mesmo inserida em grupos, com conversa fiada, nas horas de almoço na empresa, ficava/fico em um cantinho reservado para me dedicar a algo que simplesmente adoro: ler. Afinal a grande maioria das pessoas, infelizmente, não acha que ler seja uma forma de diversão, não entende o quanto é prazeroso "mergulhar nas asas da imaginação". Por isso, prefere ficar de "papo para o ar" ou de "papo furado" com qualquer um. Não que uma boa conversa também não seja prazerosa, mas, pelo amor de Deus (!), quantas vezes você de fato conseguiu obter uma "boa conversa" em ambientes como: consultórios, filas de banco ou mesmo com sua vizinha de portão? As conversas sempre giram em torno das mesmas coisas: vida dos outros vizinhos, vida dos artistas ou novelas (Puts! Ninguém merece). Obviamente, há momentos em que você não quer "nada com nada" está mesmo a fim de ficar de papo para o ar, tirar férias de tudo, sobretudo da correria do dia-a-dia e dessa agitação sem sentido que emana de dentro para fora de nosso corpo, mas, fala sério, você não pode viver a vida inteira assim. Jogar um dominó "de vez em quando" com os amigos ou qualquer outra coisa do tipo não deixa exatamente de ser divertido, mas cuidado com isso, cuidado com suas escolhas, pois em vez de "ampliar seus horizontes", e ler é um ótima forma de conseguir isso, você reduzirá cada vez mais o seu mundo, ficará restrito à superficialidade de conversas sem qualquer sentido e ainda por cima repetitivas. Pense nisso!


Janethe Fontes
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